Alto Paraíso é uma cidade de inúmeras riquezas, uma Cidade Cristal com um potencial humano - cultural e espiritual - que deixa a desejar muitos de nossos grandes centros brasileiros. Por isso, pelo nosso próprio contexto, podemos vir a ser um exemplo para outras partes do Brasil e do mundo. Só temos de nos dar oportunidades em nossas boas e importantes ações, bem como recebermos, de fato, o devido apoio das autoridades, para por em prática tantos projetos de amor, competência e solidariedade que, provavelmente, muitos deles, se encontram ainda guardados nas gavetas de seus criadores.
Mas, como toda cidade em desenvolvimento, cresce nela situações que entristece sua população de modo geral, situações de extrema violência, homicídios, suicídios, assaltos a mão armada, roubos, furtos, estupros... Crianças, jovens e adultos se drogando com o uso de maconha, chás alucinógenos, cocaína, crack, merla... Alguns enriquecendo, com o aliciamento de inocentes, num tráfico bandido dessas substancias psicoativas, sem o mínimo de consciência do mal que estão causando...
Daí, a necessidade premente de uma mudança radical no enfoque sócio-educativo-cultural da nossa sociedade, já que o “Velho Mundo”, dentro de seus princípios de “pratos prontos”, portanto, com leis e religiões ministradas “de cima para baixo”, já está mais que comprovado que não deu certo, haja visto o grau de violência que domina não só aqui, mas o mundo como um todo. Necessitamos, pois, de novos paradigmas onde, principalmente nossa juventude, como uma planta bem cuidada, faça expandir suas raízes (seu potencial) em terreno amplo, devidamente adubado e bem administrado. Isto porque vivemos um momento decisivo, um momento de crise sem precedentes na história humana; e, a nosso ver, não se trata apenas de uma crise social, ambiental, científica, política, educacional, econômica, etc. Trata-se de uma única crise: uma crise de percepção, onde a lógica materialista não tem instrumentos sequer para contorná-la.
É bem verdade, que em todas as épocas da história humana, o homem tem se confrontado com situações de crises que, de certo modo, acabavam por impulsionar as diversas civilizações para um movimento de transformação. Mas, também é verdade, que os meios encontrados para mudar estas sociedades sempre foram procurados na sua forma externa de organização social. Portanto, no nosso enfoque, o novo paradigma nos convida a alinhar-nos com os anseios de nossa comunidade, que com certeza são os melhores e mais dignos possíveis, dada a nossa realidade de pessoas constituídas do mais puro amor, pessoas essas - parte nativas e parte advindas de outros e variados cantos do Planeta, em busca de um mundo melhor; alinharmo-nos para que uma profunda transformação em nós mesmos e em nossas instituições possa ocorrer.
Aprender a Aprender é o paradigma emergente. O aprendizado nesta nova visão de mundo é a educação da pessoa como um todo, um processo que reflete, sobretudo, que cada passo dado no caminho - é rumo à nossa transformação pessoal. Neste novo modelo não cabem mais estruturas isoladas e mecânicas. A nova abordagem pressupõe a integração da paisagem interior do indivíduo com a sua paisagem exterior. O desenvolvimento da criatividade é a matéria prima deste novo modelo. O pensamento criativo pressupõe uma mudança de atitude, de perspectiva que nos leve e aos nossos jovens a procurar novas idéias, a manipular conhecimento e experiência, o que evitará ir em busca da droga da droga, ou da violência – na maioria das vezes como válvula de escape.
Desta forma, o pensamento criativo leva ao ideal concreto, enquanto que a violência e a droga levam à ilusão que mata! E esta é a linha conceitual que engloba tanto a Prevenção, como a Redução de Danos, a Promoção à Saúde (numa visão holística biopsicossocial) e ainda a Reinserção Social, a qual devemos desenvolver e seguir, através de ações integradas pela população e autoridades
E foi com muito apreço que percebi que esta é a visão e a intenção da Rede Social “Mãos Unidas” que aqui
NÃO VAMOS PERDER ESSA CHANCE! A UNIÃO FAZ A FORÇA!
Hipatia III (Rosa Maria Val Benes)
Alto Paraíso de Goiás, 05/10/2009